Barrigas, pró e contra

por Jorge Furtado
em 24 de agosto de 2009

10 barrigas da mídia contra o Lula:

  1. As “supostas contas” no exterior. (Quem supõe? Eu que não!)
  2. As declarações do delegado Edmilson Pereira Bruno, que sabiam serem falsas, publicadas como verdadeiras. (“As fotos foram roubadas por uma faxineira”.)
  3. O grampo sem áudio, fraude que aliviou temporariamente a barra de uma quadrilha.
  4. Os cinco milhões de grampos telefônicos no país, que viraram sete mil e quinhentos.
  5. A ficha que o jornal diz não poder afirmar ser falsa. Justificativa: “Não podemos afirmar se a ficha foi ou não foi criada digitalmente num programa de computador sem analisarmos o original de papel”. (Brilhante! Isso é que é jornalismo investigativo!)
  6. O desleixo do governo petista, denunciado em manchetes de capa, na conservação do “valiosíssimo” (pago 20 reais) quadro do Picasso na sede do INSS. (1)
  7. O assassinato, pelo governo Lula, de 200 pessoas na queda de um avião, que se provou estar sem freio.
  8. A corrupção no governo da petista Yeda Crusius. (2)
  9. Os cartões corporativos que pagaram, além de tapiocas, “bailarinas”. (3)
  10. A reunião no dia 19 de dezembro de 2008, que não houve.

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10 barrigas da mídia contra Serra (ou FHC):

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A mídia virou aquele bar onde o garçom erra muito na conta, e erra sempre para mais. Talvez seja por isso que está perdendo freguesia.

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(1) Para saber mais sobre o “Picasso do INSS”:

(2) Por incrível que pareça, hoje, 07/05/2010, mais de um ano depois, a manchete do JB “Corrupção abala governo do PT: Yeda Crusius…” Segue ativa, no site do jornal, sem correções.

(2) Manchete de capa (02/01/08) Jornal do Brasil informava: “Cartão pagou até bailarinas. Servidor da Casa Civil contratou 20 moças”.

O senador Agripino Maia declarou que levaria o caso a CPI. No dia seguinte o próprio jornal reconheceu o erro: “A Casa Civil divulgou ontem nota afirmando que não se trata de “de contrato de ‘20 moças’. Mas, sim, de 20 vasos com flores para ornamento chamado de ‘bailarina’”.

O ridículo adicional da barriga das “bailarinas” foi que a leitura da própria notícia, que informava que o tal servidor “adquiriu 20 bailarinas por 100 reais”, lançava sérias suspeitas sobre a veracidade da manchete do jornal, que não teve dúvidas em afirmar que se tratavam de vinte “moças”, “adquiridas” por 5 reais cada. Ao leitor sobrou a impressão de que repórter e editor não eram muitos espertos.

Por mais bizarra que seja, a história das “bailarinas do JB” continua na rede como sendo um fato, inclusive na Wikipedia: “No começo de março descobriu-se que um cartão ligado à Casa Civil, comandada por Dilma Roussef foi utilizado para pagar bailarinas para um servidor da Casa”


COMENTÁRIOS

Enviado por Luciano Prado em 24 de agosto de 2009.

Não há o que comentar.

Enviado por Jorge Furtado em 25 de agosto de 2009.

Pérolas do Nonsense

“Na Presidência da República, se houver encontro secreto, nada fica registrado, nem na segurança, é como se não existisse. Assim, se tiver um encontro secreto, a prova é que não ficou registrado.”

Alexandre Garcia, telejornal Bom Dia Brasil, TV Globo, 25/08/09

“A Folha tem procurado checar a autenticidade da ficha. Foram contatados três peritos de larga experiência na análise de documentos e um especialista em imagens digitais. Todos disseram que teriam dificuldades em emitir um laudo, pois necessitavam do original da ficha, que nunca esteve em poder da reportagem”.

Matéria não assinada da Folha de São Paulo, 28/06/09, explicando que os seus “peritos de larga experiência” não poderiam afirmar se a suposta ficha de Dilma foi criada digitalmente num programa de computador sem examinar o original de papel.

Enviado por César em 25 de agosto de 2009.

Pra fazer certo tipo de “jornalismo” não é preciso diploma

Enviado por Liziane Kugland em 25 de agosto de 2009.

Tem mais essa aqui, de novembro passado. A suposta “receita de caipirinha” publicada no diário oficial “por engano”. Primeiro: isso é uma norma: é obrigatório e usual que o Ministério da Agricultura publique as regras para que bares e restaurantes, e também fabricantes, comerciantes, exportadores do produto engarrafado sigam padrões que possam ser controlados. É uma garantia de respeito ao direito do consumidor e é de praxe para quaisquer bebidas ou alimentos. Segundo: a manchete salientando o engano é canalha, para que o leitor apressado pense que alguma espécie de brincadeira vazou, que era algo secreto e que o governo foi novamente apanhado em erro. Ao se ler a matéria, pode-se constatar facilmente tanto que é uma norma quanto que o “engano” foi só ter sido publicado antes da data prevista, pois a instrução normativa ainda seria revisada. Mas contaram com a pressa do leitor. Sem falar que o assunto “bebida alcoólica” relacionada ao Lula faz seus detratores deitarem e rolarem. Vejam os comentários. E não foi só a ZH, claro. Abraço Lizi

Enviado por Pablo Berned em 25 de agosto de 2009.

Só não descobri como comentar lá no “Não”. Muito boa a história toda. Pena que é justamente esse método de pseudojornalismo que pauta as grandes empresas midiáticas no Brasil. E o próprio discurso sobre a arte acaba servindo a interesses nada “desinteressados”. Fala-se de Picasso com o objetivo claro de atacar um governo. Falando assim parece absurdo, mas a ligação feita pelos jornais é essa. Embasbacamento…

Enviado por João Volino Corrêa em 26 de agosto de 2009.

Pois é Jorge, por isso “não dá pra não ler” Luis Nassif e Paulo Henrique Amorin e Azenha, entre outros ‘balões de oxigênio’ para suportar os gases (o “PUM do PIG”, como diz o PHA) emitidos aos quatro cantos, ventos e quadrantes do Brasil. É um desespero para impedir mais quatro anos de governo trabalhista, pra meter a mão na grana do pré-sal, pra submeter nosso país - nossa vocação de nação soberana, de fato - a reedição do quintal Sul-Americano para entreposto colonial dos “brancos de olhos azuis”. Desespero transformado em insanidade completa e irrestrita! Sinceramente, vão dar com os burros n’água! Não sem antes nos espantar todos os dias, até às eleições de 2010.