por Jorge Furtado
em 28 de fevereiro de 2010
Descrição da ministra Dilma Rousseff no editorial da Folha de S. Paulo de hoje:
“uma ministra virtualmente desconhecida da maioria da população, a que não faltam modos rebarbativos e íngreme altaneria tecnocrática”.
O governador de S. Paulo, um dia desses, chamou um sujeito que protestava contra seu governo, numa cerimônia pública, de “energúmeno”. (Houaiss: indivíduo desprezível, que não merece confiança; boçal, ignorante). Não vi a Folha de S. Paulo chamar a atenção sobre os modos rebarbativos do governador de S. Paulo, nem sugerir que tal cerimônia seria um comício eleitoral antecipado do governador S. que, como se sabe, não é candidato.
Conversa na feira:
-- Vou votar na Dilma, para continuar o que o governo Lula está fazendo. No governo dos tucanos o país quebrou três vezes, não cresceu, aumentou impostos e manteve a desigualdade social intocada. O salário mínimo era de 75 dólares, hoje está perto dos 300. O país cresceu, vai crescer mais este ano, gerou empregos, a desigualdade diminuiu, mais de 20 milhões de pessoas subiram de classe social. O risco Brasil despencou, os juros caíram, os impostos pararam de aumentar, a dívida pública diminuiu, o país tem reservas e mercado interno para resistir às crises internacionais. O Brasil diversificou as parcerias comerciais, tornou-se relevante nas relações internacionais, resolveu o problema da dívida externa, garantiu que a Petrobras não fosse dada de presente - como foram a Vale e a Telebras - e agora está pensando num jeito de levar banda larga para mais gente, e mais barata. Isso pra não falar da Copa da Mundo e das Olimpíadas.
-- Pois eu vou votar no governador de S. Paulo.
-- Por quê?
-- Acho que a ministra Dilma não faltam modos rebarbativos e íngreme altaneria tecnocrática.
-- Ah, bom.
COMENTÁRIOS
Enviado por Luciano Prado em 28 de fevereiro de 2010.
Alguma dúvida sobre o autismo da Folha?