por Jorge Furtado
em 03 de março de 2010
Nestes tempos em que os direitos autorais andam em baixa, em que muita gente - gente séria e com as melhores intenções - questiona as regras pré-digitais dos direitos de empresas produtoras, gravadoras ou editoras sobre o uso de músicas, trechos de filmes e livros, espertalhões de todo tipo aproveitam a brecha para ganhar dinheiro fácil às custas do trabalho alheio.
Uma coisa é um jovem realizador de teatro ou cinema ter que pagar uma fortuna para a Warner Brothers para poder usar, em cena, a melodia de “Parabéns para você”, que a gigante da mídia comprou de duas velhinhas inglesas. Outra, muito diferente, é uma editora plagiar integralmente uma tradução, feita por um tradutor brasileiro, sem dar-lhe crédito ou pagar-lhe um tostão, e ainda creditar tal tradução a outra pessoa.
Plágio é roubo. Provar que um texto é plágio dá trabalho, mas o resultado deste esforço é, quase sempre, de uma clareza cristalina.
Para enfrentar a picaretagem de algumas editoras brasileiras que simplesmente vampirizam traduções alheias, a tradutora Denise Bottmann e um grupo de amigos mantém o site http://naogostodeplagio.blogspot.com. Além de denunciar as inequívocas falcatruas com comparações de textos, o blog ainda traz ótimos textos sobre tradução, Ivo Barroso, Heloisa Jahn, Jorio Dauster, Ivone Benedetti são colaboradores frequentes.
A luta de Denise e sua turma contra os parasitas do talento alheio lhe rendeu alguns processos, o mais recente de uma editora picareta que não gostou de ser chamada de picareta. Quem não gosta de plágio e quiser apoiá-la nesta luta, pode assinar um manifesto de apoio em:
http://apoiodenise.wordpress.com
ou
http://www.petitiononline.com/mod_perl/signed.cgi?Bottmann&1.
E não esqueçam de visitar o blog:
http://naogostodeplagio.blogspot.com
COMENTÁRIOS
Enviado por Pena Cabreira em 03 de março de 2010.
Muito bom Jorge, já havia entrado e assinado. Tô repassando pra todo mundo. Abraço