por Jorge Furtado
em 28 de maio de 2012
Confirmando as mais ridículas versões, a conversa entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes foi gravada! O áudio ainda não apareceu, mas a transcrição da conversa sim, caiu na rede, e aqui vai:
Data: 26.04.12
Local: São Paulo
NELSON JOBIM - Presidente, que prazer vê-lo, entre, fique à vontade.
LULA - Tudo bem, Nelson? Ministro Gilmar, o que faz o senhor por aqui?
GILMAR MENDES - Tudo bem, presidente? É que eu e o Nelson estamos fazendo um trabalho sobre a constituição de 88, não sabia que o senhor viria.
NELSON - Vamos tomar um café?
LULA - Já vamos lá, Nelson, eu quero só ter uma palavrinha com o Gilmar ali na cozinha.
GILMAR - O que foi presidente? Quer comer uma fruta? Maçã?
LULA - Não, obrigado, almocei faz pouco. Olha Gilmar, eu queria falar com você sem que o Nelson ouvisse. É o seguinte. Eu tenho o controle político da CPI do Cachoeira e lhe ofereço proteção. Garanto que você não terá motivo para preocupação. A CPI já sabe da sua viagem a Berlim, onde você encontrou com o Demóstenes Torres. É inconveniente julgar o mensalão agora. O Zé Dirceu está desesperado!
GILMAR - Presidente, a sua conversa me deixa perplexo.
LULA - E a viagem a Berlim?
GILMAR - Eu tenho como provar que paguei minhas próprias despesas. Vou a Berlim como você vai a São Bernardo do Campo. (constrangido) Vá fundo na CPI.
LULA - Se você quer assim… Vou encarregar o Sepúlveda Pertence de convencer a ministra Carmem Lúcia a deixar o julgamento do mensalão para 2013. Vou falar com Pertence para cuidar dela. Só estou aflito com a situação do Lewandowski, que é amigo da família da Marisa, e é o ministro encarregado de revisar o processo do mensalão. Ele só iria apresentar o relatório no semestre que vem, mas está sofrendo muita pressão. Eu disse a Toffoli que ele tem de participar do julgamento. Se o julgamento ficar para 2013 o seu resultado não vai ser contaminado por disputas políticas. O que você acha?
GILMAR - Recebo o seu relato com surpresa.
NELSON - O café está pronto!
LULA - Vamos lá, o café vai esfriar. Pense a respeito.
GILMAR - Pode deixar. Dentro de um mês lhe darei uma resposta intempestiva. E corretíssima.
NELSON - E o que o traz a São Paulo, presidente? Pensei que estivesse em Brasília.
LULA - Vim para ver o show da Paula Fernandes. (*)
GILMAR - Não me diga, presidente o senhor também é fã da Paula Fernandes?
GILMAR - Eu também sou!
LULA, GILMAR E JOBIM - (cantando) “Mas tem que ser assim / Pra ser de coração / Não diga não precisa / Ah Ah Ahh / Tem que ser assim / É seu meu coração / Não diga não precisa / Ah Ah Ahh…”
(*) Realmente havia um show de Paula Fernandes na capital paulista em 26 de abril, o que confirma a veracidade da conversa.
Veja e ouça:
https://youtu.be/YBwuoIO2NNk
Senta ali, Cláudia.
Pelo que eu entendi, o ministro Celso de Mello declarou que se as coisas aconteceram exatamente como a Veja diz que aconteceram seria o fim da picada. E ele tem toda a razão. Felizmente nem o Nelson Jobim acredita mais na Veja. O Estadão já catou fora, o Merval anda pela China. A Folha ficou com o mico, só hoje, segunda feira, comenta o desmentido de Nelson Jobim, única testemunha do encontro, o Estadão publicou no sábado.
Depois de defender seriamente - eu vi, li e ouvi - que o senador Demóstenes Torres (que avisava aos bandidos que a polícia estava chegando) era um caso psiquiátrico de dupla personalidade, os de sempre, seriamente envolvidos com uma quadrilha de bandidos, defendem publicamente a tese de que o ex-presidente Lula pirou na batatinha, chamou o Gilmar “Seus Capangas” Mendes - que não tem poder algum para acelerar ou retardar o início de qualquer julgamento - para uma conversinha suspeita no escritório do Nelson “Babá eletrônica” Jobim sobre o suposto mensalão, onde suplicou por seu amigo Zé Dirceu, que estaria “desesperado”. Lula ainda aproveitou o encontro casual com Gilmar Dantas, digo Mendes, e expôs a ele e ao Nelson “votei no Serra” Jobim seus planos políticos para o futuro. Ã-rã. Senta ali, Cláudia.
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ENTREVISTA: “NÃO HOUVE CONVERSA NENHUMA”
Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa
por Fábio Schaffner
Jornal Zero Hora
Anfitrião do encontro entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes, o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negou a Zero Hora que em algum momento o petista tenha pedido o adiamento do julgamento do mensalão. Segundo Jobim, a conversa entre eles durou cerca de uma hora, na manhã do dia 26 de abril, em seu escritório em Brasília. O ex-ministro foi enfático ao afirmar que o ex-presidente jamais fez qualquer proposta a Mendes envolvendo o mensalão e disse que negou à revista Veja que esse tenha sido o teor da conversa. Jobim falou com ZH ontem à tarde, por telefone, enquanto se dirigia ao aeroporto, no Rio, de onde regressaria a Brasília.
ZH - Lula pediu ao ministro Gilmar Mendes o adiamento do julgamento do mensalão?
Nelson Jobim - Não. Não houve nenhuma conversa nesse sentido. Eu estava junto, foi no meu escritório, e não houve nenhum diálogo nesse sentido.
ZH - Sobre o que foi a conversa?
Jobim - Foi uma conversa institucional. Lula queria me visitar porque eu havia saído do governo e ele queria conversar comigo. Ele também tem muita consideração com o Gilmar, pelo desempenho dele no Supremo. Foi uma conversa institucional, não teve nada nesses termos que a Veja está se referindo.
ZH - Por quanto tempo vocês conversaram?
Jobim - Em torno de uma hora. Ele (Lula) foi ao meu escritório, que fica perto do aeroporto.
ZH - Em algum momento, Lula e Mendes ficaram a sós?
Jobim - Não, não, não. Foi na minha sala, no meu escritório. Gilmar chegou antes, depois chegou Lula. Aí, saiu Lula e Gilmar continuou. Ficamos discutindo sobre uma pesquisa que está sendo feita pelo Instituto de Direito Público, do Gilmar. Foi isso.
ZH - Depois que Lula saiu, o ministro fez algum comentário com o senhor sobre o teor da conversa?
Jobim - Não. Não disse nada. Só conversamos sobre a pesquisa, para marcar as datas de uma pesquisa sobre a Constituinte.
ZH - Lula pediu para o senhor marcar um encontro com Mendes?
Jobim - Sim. Ele queria me visitar há muito tempo. E aí pediu que eu chamasse o Gilmar, porque gostava muito dele e porque o ministro sempre o havia tratado muito bem. Queria agradecer a gentileza do Gilmar. Aí, virou essa celeuma toda.
ZH - Há quanto tempo o encontro estava marcado?
Jobim - Foi Clara Ant, secretária do Lula, quem marcou. Lula tinha me dito que queria me visitar há um tempo atrás. Um dia me liga a secretária, dizendo que ele iria a Brasília numa quarta-feira (25 de abril) e que, na quinta, queria me visitar e ao ministro Gilmar. Ele apareceu lá por volta das 9h30min, 10h. Foi isso.
ZH - Se não houve esse pedido de Lula ao ministro, como se criou toda essa história?
Jobim - Isso você tem de perguntar a ele (Gilmar), e não a mim.
ZH - O senhor acha que Mendes pode estar mentindo?
Jobim - Não. Não tenho nenhum juízo sobre o assunto. Estou fora disso. Estou te dizendo o que eu assisti.
ZH - Veja disse que o senhor não negou o teor da suposta conversa. Por que o senhor não negou antes?
Jobim - Como não neguei? Me ligaram e eu disse que não. Eu disse para a Veja que não houve conversa nenhuma.
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Na Zero Hora
ZH - Veja disse que o senhor não negou o teor da suposta conversa. Por que o senhor não negou antes?
Jobim - Como não neguei? Me ligaram e eu disse que não. Eu disse para a Veja que não houve conversa nenhuma.
Na Veja (matéria de Rodrigo Rangel e Otávio Cabral)
“O ex-Ministro Nelson Jobim confirma que agendou o encontro entre Lula e Gilmar, mas que não ouviu tudo o que foi conversado.
OBSERVAÇÃO: Os erros mais simples de um texto costumam revelar erros mais complexos e profundos. Repare a frase da Veja:
“O EX-MINISTRO NELSON JOBIM CONFIRMA QUE AGENDOU O ENCONTRO ENTRE LULA E GILMAR, MAS QUE NÃO OUVIU (SIC) TUDO O QUE FOI CONVERSADO.”
“… MAS QUE NÃO OUVIU?” Cadê o verbo? Falta o verbo (diz, afirma, garante…). Talvez o verbo seja “confirmar”, oculto. Então JOBIM (confirma) que não ouviu, é isso?
Mas Jobim nega que tenha havido a conversa, garante que ela não houve, afirma, com todas as letras e verbos, que Lula e Gilmar não ficaram sozinhos em nenhum momento, durante o encontro, que a conversa não houve nem poderia ter havido.
E agora? Quem está mentindo? Jobim ou Gilmar?
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Gilmar Mendes entregou a segurança do Supremo ao braço direito de Cachoeira
Jairo Martins, o braço direito do bicheiro Carlos Cachoeira, foi contratado pelo ministro Gilmar Mendes como “personal araponga”, pago para verificar o sistema de segurança do Supremo Tribunal Federal. Quando contratou Jairo o ministro Gilmar Mendes já sabia que ele era “amigo” do bicheiro, o fato era de conhecimento público desde 2005. (“Folha S.P., 5.7.2005: “Jairo Martins entra em contradição e diz que é amigo de Cachoeira”).
Jairo Martins, assim como Cachoeira, está preso. A quadrilha, que tem governadores, ministros, jornalistas, empresários, policiais e juizes, está envolvida com jogo ilegal, corrupção, extorsão, lavagem de dinheiro, prostituição e assassinato, entre outros crimes.
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Jairo Martins em 2005
JAIRO MARTINS ENTRA EM CONTRADIÇÃO E DIZ QUE É AMIGO DE CACHOEIRA
Folha de S. Paulo - 05/07/2005 - 12h18
Os integrantes da CPI dos Correios encontraram nesta terça-feira contradições entre os depoimentos dos envolvidos na gravação nos Correios e Jairo Martins, ex-funcionário da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), de quem teria sido alugado o equipamento. À CPI, Martins revelou ainda que é amigo pessoal do empresário de jogos Carlinhos Cachoeira, flagrado negociando o pagamento de propina ao ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz para ter facilidades na negociação de um contrato com a Caixa Econômica Federal.
A contradição mais evidente refere-se às intenções do empresário Arthur Wascheck, mandante da gravação. No depoimento à PF e à comissão, o empresário disse que queria mostrar aos superiores que o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material Maurício Marinho era corrupto. Já Martins afirmou que Wascheck queria a divulgação da fita na imprensa.
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EX-AGENTE DIZ TER ‘INTERESSE JORNALÍSTICO’
Folha de S. Paulo, 6/7/05
“Em depoimento à CPI dos Correios ontem, o ex-funcionário da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Jairo Martins de Souza, 37, confirmou ter fornecido a maleta com filmadora usada para gravar o flagrante de corrupção na estatal e declarou ter divulgado a fita por ‘interesse jornalístico’ e ‘para melhorar o país’, mas sem envolvimento político.
Martins entrou em contradição com o empresário Arthur Wa- sheck, mandante da gravação, que diz que a fita foi encomendada para defender seus interesses comerciais. Publicada pela revista ‘Veja’, a gravação deflagrou o caso Correios. Nela, o funcionário Maurício Marinho foi filmado recebendo propina de R$ 3.000.
O depoimento de Martins durou quatro horas e meia e foi pontuado pelas críticas de ‘perda de tempo’ e pelos comentários irônicos dos parlamentares sobre a suposta ‘filantropia investigativa’ de Martins, que se formou em jornalismo em 2004. Por suas amizades, chegou a ser chamado de ‘araponga do submundo’. Ele é policial militar licenciado e deixou a Abin há quatro anos.
Martins disse ter sido contatado por Washeck, depois de conhecê-lo em um restaurante de Brasília, para ‘divulgar um problema nos Correios’ e que sua função era fornecer o equipamento de filmagem e levar a fita para o jornalista Policarpo Júnior, de ‘Veja’.
Washeck tinha dito que Martins foi indicado por um amigo e que já havia feito rastreamento de grampos em sua empresa. Além disso, afirmou que deu instruções claras para não ‘vazar’ a fita.
Martins disse que ajudou a fazer a gravação como forma de fazer uma ‘notícia-crime’, já que confiava que a Polícia Federal entraria no caso. ‘Minha vantagem? O que me motivou foi meu país.’”
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Jairo Martins em 2009
SARGENTO INDICA QUE ABIN USOU “BODES EXPIATÓRIOS” PARA NEGAR ENVOLVIMENTO NA SATIAGRAHA
da Folha Online, 26/03/2009 - 11h57
O sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo sinalizou nesta quinta-feira, em depoimento à CPI das Escutas Clandestinas da Câmara, que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) usou “bodes expiatórios” para negar o seu envolvimento direto na Operação Satiagraha, da Polícia Federal.
A exemplo do ex-funcionário da Abin Jairo Martins de Souza, que ontem também disse à comissão que foi usado como “bode expiatório” pela Abin, Araújo disse que a comissão deve investigar o envolvimento da agência na operação. (…) No depoimento prestado nesta quarta-feira à comissão, Martins disse acreditar que tenha sido um “bode expiatório” ao ser apontado por integrantes da Abin como responsável por vazar à imprensa trechos do grampo.
“O mundo estava desabando na cabeça deles [Abin]. Alguém tem que pagar o pato. Por que não uma pessoa que tem um histórico como todo mundo coloca, que já foi fonte de uma matéria do mesmo jornalista [que vazou o grampo]? Eu acho isso”, disse.
Apontado por membros do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) como suspeito de participação no grampo que flagrou conversa entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, Martins disse que não tem qualquer relação com o episódio –nem com o vazamento à imprensa de trechos da conversa.
O nome de Martins veio à tona porque, em 2005, foi responsável por gravar a fita que mostrou o ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho recebendo propina –fato que deu origem à CPI dos Correios e às investigações do mensalão.
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Policial nega grampo no STF, mas deputados apontam coincidências
Jornal da Câmara
O 3º sargento da Polícia Militar do Distrito Federal Jairo Martins de Souza negou aos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas que tenha tido qualquer participação no vazamento de gravações feitas de telefonemas entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e também na Operação Satiagraha. O deputado Gustavo Fruet (PSDBPR), porém, afirmou que é possível identificar os mesmos personagens e modus operandi de duas outras ações investigadas pela Câmara nos últimos três anos: o processo de cassação do ex-deputado André Luiz e a CPI dos Correios.
Recrutamento - Durante seu depoimento, Martins de Souza afirmou que entrou na PM em 1989. A partir de 1993, foi convocado para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), onde ficou nove anos. Ele disse nunca ter trabalhado com escutas, sendo especialista em recrutamento.Depois dos episódios das escutas, o policial ressaltou que sua vida foi muito prejudicada e que sofreu ameaças. Por isso, afirmou, “jamais se envolveria outra vez nesse tipo de operação”. O policial, porém, reconheceu ser muito amigo do sargento Idalberto e que conheceu o ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio Nascimento e o agente Jerônimo Jorge da Silva Araújo durante seu período na Abin. Martins de Souza também afirmou à CPI ser amigo de jornalistas, entre eles Policarpo Júnior, autor das reportagens sobre a Assembleia carioca, a corrupção nos Correios e o grampo no STF - todas publicadas pela revista Veja. Ele atribui suas boas relações com a imprensa ao fato de também ser jornalista de formação.
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Jairo Martins em 2011
MEDO DE ESPIONAGEM LEVA ATÉ STF A PAGAR AGENTES
O Estado de S. Paulo, 30 de abril de 2011 | 20h 29
/ Desde o suposto grampo contra Gilmar Mendes, em 2008, Supremo foi dominado pela paranoia da espionagem
Desde o escândalo do suposto grampo contra o ministro Gilmar Mendes, em 2008, o Supremo Tribunal Federal (STF) também foi dominado pela paranoia da espionagem, a exemplo do setor público em geral. O próprio ministro teria, deste então, um “personal araponga” - que lhe dá assessoria informal quando a ameaça vem de fora. O trabalho é feito pelo ex-agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Jairo Martins, hoje um dos nomes mais requisitados do mercado. Ele nega essa condição profissional.
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Depoimento de Jairo Martins a CPI dos Correios
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/jairo-martins-de-souza-57200
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DOIS ANOS DEPOIS…
Atualizado em 01.12.2014
Gilmar admite que foi ele que pediu reunião com Lula à época do mensalão.
SEG, 01/12/2014 - 18:54
Cíntia Alves
Ministro do STF reafirmou que só falou à imprensa que foi pressionado por Lula para não julgar o mensalão após ouvir bastidores de jornalistas
Na segunda parte da entrevista publicada nesta segunda-feira (1/12) pela Veja online, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, admitiu que pediu uma reunião com o ex-presidente Lula em meados de 2012, época de efervescência em torno do julgamento do mensalão e da CPI do Cachoeira.
À Veja, o ministro do Supremo reafirmou o que havia dito, em maio de 2012, ao jornal Zero Hora: que o encontro se deu no escritório de Jobim. Mas esclareceu que ele mesmo solicitou a reunião. Gilmar afirmou que só contou à imprensa que Lula o havia pressionado para adiar o julgamento do mensalão após ouvir de jornalistas, em off, que o Planalto espalhara boatos sobre seu envolvimento com Cachoeira e Demóstenes Torres.