por Giba Assis Brasil
em 15 de novembro de 2012
O editorial de Zero Hora de anteontem, 13 de novembro de 2012, diz o seguinte:
“O ex-ministro José Dirceu não está sendo condenado por sua história - com episódios de reconhecida relevância para a implantação da democracia no país. Está, isto sim, sendo punido por compactuar com uma trama que colocava em risco o próprio regime de liberdades que ajudou a consolidar.”
Já o jornalista Breno Altman, no sítio “247” e na mesma data, diz exatamente o contrário:
“José Dirceu e seus companheiros não foram julgados por seus eventuais malfeitos, mas porque representam a geração histórica da resistência à ditadura, da ascensão política dos pobres e da conquista do governo pelo campo progressista.”
A minha opinião? Eu tenho. Mas é uma opinião bem menos informada, e baseada nas minhas ideias anteriores sobre o assunto, sobre as pessoas envolvidas e sobre o processo. Como a de quase todo mundo. Ou seja: não tem nenhuma importância.
Então qual dos dois tem razão: o editorialista de Zero Hora ou o jornalista do “247”? Meu palpite: daqui a alguns meses vamos saber. Como lembra o Josias de Souza no UOL de hoje:
“Corre no Supremo a ação penal que trata do mensalão do PSDB de Minas Gerais. Conforme noticiado aqui, o caso é semelhante ao que envolve o PT - o mesmo operador (Marcos Valério), a mesma instituição financeira (Banco Rural) e os mesmos métodos (empréstimos simulados, para encobrir desvios de verbas públicas).”
COMENTÁRIOS
Enviado por Jorge em 16 de novembro de 2012.
Perfeita a observação, com um pequeno reparo o texto do Josias: não há dúvida que o dinheiro usado no mensalão tucano foi público, há muitas provas e o principal beneficiado, Eduardo Azeredo, era governador do estado, candidato à reeleição, tinha a chave do cofre. No caso do mensalão petista, não há prova alguma de que dinheiro público tenha sido usado. Veja, sobre isso, o comentário de Raimundo Pereira e sua matéria na revista Retratos do Brasil. Raimundo Pereira: