por Jorge Furtado
em 10 de novembro de 2013
Os documentaristas irlandeses Kim Bartley e Donnacha O’Briain estavam em Caracas fazendo um filme sobre Chavez quando aconteceu uma tentativa de golpe de estado. O golpe foi patrocinado pelos donos dos meios de comunicação da Venezuela, que se vangloriam, para as câmeras, por ter derrubado o presidente, que voltaria ao poder em um dia. Toda a opereta e seus vergonhosos personagens são retratados de muito, muito perto.
Talvez a revolução, por invisível, não seja televisionada, mas os golpes de estado são visíveis, escandalosos, carnavalerscos.
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Aqui, o que a Wikipedia diz do filme.
The Revolution Will Not Be Televised
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Revolução Não Será Televisionada, também conhecido como Chávez: Bastidores do Golpe (Chavez: Inside The Coup), é um documentário irlandês, filmado e dirigido por dois cineastas irlandeses, Kim Bartley e Donnacha O’Briain, a respeito do golpe de estado que, em 2002, depôs o presidente eleito da Venezuela Hugo Chávez. Após dois dias, durante os quais o empresário Pedro Carmona foi declarado chefe de estado, permanecendo no palácio presidencial pelas 48 horas seguintes.
O golpe perdeu força, e Chávez retomou o poder. Esse documentário mostrou como estava a vida dos venezuelanos entre a época que aconteceu o golpe de estado e a recuperação de Hugo Chávez.
O documentário nasceu por obra de uma equipe de TV irlandesa (Rádio Telefís Éirieann) que estava em Caracas, no Palácio de Miraflores, para filmar um documentário sobre Chávez. Ao perceber a agitação política no país, os documentaristas direcionaram seu foco para os acontecimentos que levaram à deposição e ao retorno de Chávez.
Esse documentário ganhou doze importantes prêmios internacionais e foi nomeado para mais quatro.
Políticos de oposição ao governo Chávez afirmam que o documentário é parcial e omite fatos que possam ser nocivos à imagem de Chávez e de seu governo; chegaram mesmo a produzir um vídeo, X-Ray of a Lie (Radiografia de uma Mentira), como resposta ao documentário irlandês.
Já seus defensores dizem que a obra seria um retrato fiel dos eventos ocorridos na Venezuela a propósito do golpe. Nick Fraser, editor da Storyville Series na BBC, em seu Commissioner’s Comment acerca de “The Revolution Will Not Be Televised” comentou sobre o filme: “O resultado é uma brilhante peça de jornalismo”. …“Veja esse filme e você comprenderá, pela primeira vez na sua vida, o que se entende por “viés da mídia”.
A Revolução Não Será Televisionada já foi transmitido no Brasil pela TV Câmara. O documentário não foi amplamente distribuído; por de todos modos, a economia informal está distribuindo cópias ilegais em DVD por quase todo o território venezuelano.
Filmado e dirigido por: Kim Bartley e Donnacha O’Briain
Produzido por: Power Picture associada à Agencia de Cinema da Irlanda.
Edição: Angel H. Zoido
Produtor Executivo: Rod Stonemann
Produzido por: David Power
Duração:74 minutos
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O filme, no Youtube, com legendas.
http://www.youtube.com/watch?v=FppdfwqmImE
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Vendo este filme não dá para não lembrar de Primárias, de Robert Drew. Sobre ele, achei esta entrevista, muito boa.
Trechos do documentário “Cinema Verite: Defining the Moment” (1999), de Peter Witonick, entrevista com Robert Drew.
https://youtu.be/uun-Ao2tOZs