por Giba Assis Brasil
em 15 de maio de 2014
Exatamente um ano e meio atrás, dia 15 de novembro de 2012, copiei aqui uma frase de um editorial da Zero Hora e um trecho do sítio “247” que eram totalmente contraditórios entre si: se um fosse verdadeiro, o outro necessariamente seria falso, e vice-versa. Escrevi que a minha opinião sobre a correção de um ou outro não importava. E sugeri, a partir do aviso de um jornalista da Folha de São Paulo, que “em alguns meses” nós poderíamos saber qual dos dois estava certo: se o editorialista de Zero Hora ou o redator do “247”.
Isso faz 18 meses. Um ano e meio.
O assunto, claro, era a Ação Penal 470, que naquele momento já se encaminhava para o desfecho previsível.
A frase do editorial de Zero Hora era assim:
“O ex-ministro José Dirceu não está sendo condenado por sua história - com episódios de reconhecida relevância para a implantação da democracia no país. Está, isto sim, sendo punido por compactuar com uma trama que colocava em risco o próprio regime de liberdades que ajudou a consolidar.”
O texto do “247”, assinado por Breno Altman, dizia o contrário:
“José Dirceu e seus companheiros não foram julgados por seus eventuais malfeitos, mas porque representam a geração histórica da resistência à ditadura, da ascensão política dos pobres e da conquista do governo pelo campo progressista.”
E o aviso da Folha, feito por Josias de Souza, era este:
“Corre no Supremo a ação penal que trata do mensalão do PSDB de Minas Gerais. Conforme noticiado aqui, o caso é semelhante ao que envolve o PT - o mesmo operador (Marcos Valério), a mesma instituição financeira (Banco Rural) e os mesmos métodos (empréstimos simulados, para encobrir desvios de verbas…).”
Não preciso dizer o que aconteceu em relação a este assunto nos últimos 18 meses.
E a minha opinião continua tendo a importância que sempre teve: nenhuma.
O texto de novembro de 2012: