Meu filme preferido faz 50 anos

Se você gosta muito de cinema já deve ter feito um dia a sua lista de filmes preferidos, e se não fez, faça, é divertido. Eu fiz muitas, por muitos anos, a lista sempre mudou, felizmente, mas mantive no topo, como o meu filme preferido, Nós que nos amávamos tanto, de Ettore Scola. Vi o filme muitas vezes, desde 1974. Acho que vi quase todos os 41 filmes que ele dirigiu, alguns deles várias vezes, e pretendo revê-los, sempre que puder.

O cinema de Scola é um hino de amor ao ser humano comum, ao irmão imperfeito, carente, egoísta, mesquinho, apaixonado e tolo, aos feios, sujos e malvados, que todos somos. Scola construiu grandes, extraordinários personagens em seus muitos belíssimos filmes, personagens que nos apaixonam porque seu autor também os amou, os compreendeu, torceu e sofreu por eles.

Num tempo em que o cinema depende de super-heróis ou caricaturas, os personagens de Ettore Scola nos fazem lembrar que a vida real e os sentimentos humanos, nossos medos, desejos, angústias e tolices, são material inesgotável para grandes histórias.

Acabo de encontrar uma cópia razoável, com legendas em português. Compartilho aqui. Feliz Natal!

https://vk.com/video672517234_456239248