Anchietanos

(1997, SD, 50 min, 1.33:1)

Episódio n° 19 da série "Comédias da vida privada" da TV Globo.

Foto por Alex Sernambi: Matheus Nachtergaele e Murilo Benício

Chico, Luciano e Cristina têm 13 anos e estudam no Colégio Anchieta. Chico e Luciano são apaixonados por Cristina, que dá bola pra ambos alternadamente. Andrew, pobre, é de outra turma, mas eles se enfrentam num campeonato de futebol. Vinte anos depois eles voltam a se enfrentar, e Chico vai ter que tomar a decisão mais importante de sua vida.

Créditos

Direção: Jorge Furtado

Produção Executiva: Nora Goulart e Luciana Tomasi
Roteiro: Jorge Furtado, Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil
Direção de Fotografia: Alex Sernambi
Direção de Arte: Fiapo Barth
Assistente de Direção: Ana Luiza Azevedo

Uma Produção TV Globo

Realização Casa de Cinema PoA

Elenco Principal:
Murilo Benício (Chico)
Andréa Beltrão (Cristina)
Matheus Nachtergaele (Andrew)
Marco Nanini (Velho)
Luís Fernando Guimarães (Davi)
Bruno Garcia (Luciano)

Crítica

“Anchietanos é a história de um grupo de amigos de escola, politicamente de esquerda que, depois de formados, se curvam ao realismo da vida prática. Um balanço de geração, agridoce, um tanto nostálgico e muito denso. Quem viu o programa ficou surpreendido que a televisão, por uma vez, tivesse alcançado um nível como aquele”.
(Luis Zanin Oricchio, O ESTADO DE SÃO PAULO, 15/08/1999)

“O problema está, como sempre, em aceitar como normal a idéia de que podemos “assistir” a política: uma idéia muito presente em nossa cultura liberal, e lida de forma positiva em bons jornais e revistas semanais. O povo assiste a política, ele não a faz: se ele assiste, há uma imagem. E, se há uma imagem, há quem a manipule por um bom cachê. Eis o centro de ANCHIETANOS, de Jorge Furtado.”
(Alfredo Manevy, revista virtual CONTRACAMPO, janeiro/2003)

“Cheio de humor (que descamba para diversos graus de ironia e sarcasmo ao longo do filme, até se converter numa difícil melancolia em seu desfecho), é um filme que trata de questões como amizade, amor, ética, política e mercado. Tudo está costurado em jogos de palavras e em intervenções off, marcas fundamentais de Jorge Furtado.”
(Eduardo Araújo, Escola Livre de Cinema e Vídeo, 29/03/2007)

“Cheguei na TV por mãos muito suaves que eram de Jorge Furtado, que me dirigiu no episódio ANCHIETANOS (1997), de COMÉDIAS DA VIDA PRIVADA. Aquilo era quase um média-metragem. Nem parecia TV.”
(Matheus Nachtergaele, em entrevista a O GLOBO, 02/03/2008)

“A estética dos anos 1990 hoje pode causar estranheza, mas a relevância da obra é atual. O roteiro de Furtado, Giba Assis Brasil e Carlos Gerbase reflete sobre como a imagem veio a prevalecer sobre o conteúdo na política e o fim das ilusões. Tem o brilho de relacionar o cinismo na vida adulta a uma disputa de pênaltis no Colégio Anchieta nos anos 70.”
(Alexandre Rodrigues, Zero Hora, 18/06/2016)

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