Aos Olhos de Ernesto

(2019, HD, 122 min, 2.35:1)

Foto por Fábio Rebelo: Jorge Bolani e Gabriela Poester

Ernesto, fotógrafo aposentado e viúvo, enfrentando as limitações da velhice como a solidão e a crescente perda da visão, encontra Bia, uma jovem e irresponsável cuidadora de cães, que atropela sua vida e coloca em risco seu cotidiano de eterno estrangeiro.

Créditos

Direção: Ana Luiza Azevedo

Roteiro: Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo, com colaboração de Vicente Moreno e Miguel da Costa Franco
Produção Executiva: Nora Goulart
Direção de Fotografia: Glauco Firpo
Direção de Arte: Fiapo Barth e William Valduga
Direção Musical: Leo Henkin
Direção de Produção: Glauco Urbim
Montagem: Giba Assis Brasil

Uma Produção da Casa de Cinema PoA

Elenco Principal:
Jorge Bolani (Ernesto)
Gabriela Poester (Bia)
Júlio Andrade (Ramiro)
Jorge d’Elia (Javier)
Áurea Baptista (Cristina)
Marcos Contreras (Gustavo)

Prêmios
  • Prêmio da Crítica - Mostra de São Paulo (out/2019)
  • Júri Popular e Melhor ator - Festival de Punta del Este (fev/2020)
  • Melhor Roteiro, Melhor Direção e Melhor Filme - Festival de Cinema Brasileiro de Miami (Inffinito) (out/2020)
  • Júri Popular - Festival de Viña del Mar (nov/2020)
  • Júri Popular - Festival Internacional de Mulheres (FIM) (nov/2020)
  • Melhor Filme - Festival Latino de San Diego (mar/2021)
  • Júri Popular - Festival de Monterrey (set/2021)
  • Júri Popular - Festival de Cinema Brasileiro de Chicago (“Partners of the Americas”) (dez/2021)
Críticas

“Esse filme é como um bonito solo de violoncelo pontuado aqui e ali por leves toques de flautim. Passa-se em Porto Alegre, mas é como se mirasse o tempo todo a melancolia suave de Montevidéu. É obra de plena maturidade no manejo equilibrado das emoções e na coesão de todos os elementos.”
(Carlos Alberto Mattos, Carta Maior)

“Aos Olhos de Ernesto enternece, envolve, provoca riso e choro (até na mesma cena, dependendo de como anda sua sensibilidade nesta pandemia), surpreende, encanta.”
(Celso Sabadin, Planeta Tela)

“Aos Olhos de Ernesto trata a velhice sem concessão alguma, sem drama e sem clichê, apenas com a humanidade necessária.”
(Cíntia Moscovich, Zero Hora)

“Há momentos verdadeiramente comoventes, como quando, no meio de um sarau de poesia urbana lotado de jovens, Ernesto abre seu íntimo em público para recitar um poema de Mario Benedetti.”(Bernardo Brum, Cineplayers)

“Ernesto, como Benedetti, é outro uruguaio a nos ensinar que é possível superar as deficiências físicas, a decadência do corpo, se pudermos ter a sensibilidade de fazer nossos lutos e, saber que o amor vale a pena em qualquer momento de nossa cronologia.”
(Robson de Freitas Pereira, Sul 21)

“Outro mérito do filme de Ana Luiza Azevedo é sua direção de intérpretes, que faz com que as figuras dos personagens principais se transformem em seres humanos verdadeiros, graças também a Jorge Bolani e Gabriela Poester.”
(Hélio Nascimento, Jornal do Comércio)

“Bolani e Poester, em sua disparidade etária, despertam o riso a partir de um divertido choque entre gerações. Da parte dele, é impensável assistir a um clássico como Ladrões de Bicicleta em uma tela de celular; enquanto para Bia é um absurdo que Ernesto se refira à amada como ‘estimada’ na troca de cartas.
(Sarah Lira, Adoro Cinema)

“Jorge Bolani, empunhando a bandeira do protagonista, constrói momentos de puro carisma e talento incondicionais, nos fazendo adentrar o universo de Ernesto.”
(Francisco Carboni, Cenas de Cinema)

“Bia é o sopro de vida que traz cor ao escuro apartamento de Ernesto. Um espaço fotografado por Firpo com tocante deslumbre em sua melancolia inicial. E como Poester se adapta bem na transição de importância da sua personagem ao enredo.”
(Luiz Joaquim, Cinema Escrito)

“O que admiro, sinceramente, no cinema de Ana Luiza Azevedo é um certo tom menor. Mesmo quando vai para Montevidéo e filma a rambla, o mar, não é muito diferente da sua Porto Alegre. Cidades provincianas, um mundo nos trilhos.”
(Luiz Carlos Merten, O Estado de São Paulo)

“Aos olhos de Ernesto desperta a impressão de que o cinema brasileiro finalmente consegue efetuar a imersão no estilo agridoce argentino-uruguaio que nos provoca tanta admiração e inveja.”
(Bruno Carmelo, Papo de Cinema)

“Quem aprecia o cinema argentino-e-uruguaio (pelo menos aquele narrativo, com personagens bem-construidos, humor fino e ótimos atores), vai encantar-se com Aos Olhos de Ernesto, o nosso assumido similiar do ‘minimalismo melancólico’ uruguaio.”
(Maria do Rosário Caetano, Revista de Cinema)

“É bonito ver todos ali entre as cidades sul-americanas, transitando pelo mapa na voz de Benedetti, no ritmo de Ruben Rada (‘parecido com o ritmo brasileiro, mas diferente’) e na interpretação de Caetano para a linda canção de Fitó Paez.”
(Roberta Marhias, Apostila de Cinema)

“A fotografia de Glauco Firpo navega de canoa numa marola de sensações leves, sem jamais exagerar no colorido, sem nunca perder - em sua precisão de relógio suíço - a medida do intimismo.”
(Rodrigo Fonseca, O Estado de São Paulo)

“Estamos frente a um filme raro no cinema brasileiro. Seu roteiro é uma rocha impenetrável, a direção de atores perfeita, e a serenidade de sua narrativa reforça o drama e o humor nos momentos corretos.”(Júlio Ricardo da Rosa, Viagens imóveis)

Tema musical

“Por que cantamos”, letra de Mario Benedetti, música de Leo Henkin; intérprete: Rossana Taddei\

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