Deus ex-machina
(1995, 35 mm, 25 min, 1.85:1)
DIREITOS ATUAIS: Prana Filmes
Dolores, mulher bonita, rica e paralítica, contrata o detetive Otávio para seguir seu marido Inácio e descobrir qual é a sua verdadeira relação com uma jovem chamada Alice. Uma história de mentiras, de pistas falsas e de motivações obscuras, em que quatro personagens de moral duvidosa tentam parecer honestos uns para os outros.
Créditos
Direção: Carlos Gerbase
Produção Executiva: Luciana Tomasi e Nora Goulart
Roteiro: Carlos Gerbase
Direção de Fotografia: Alex Sernambi
Direção de Arte: Fiapo Barth
Música: Ricardo Severo
Direção de Produção: Daniela Dall’Agnol
Montagem: Giba Assis Brasil
Assistente de Direção: Gustavo Fernández
Uma Produção da Casa de Cinema PoA
Elenco Principal:
Luciene Adami (Dolores)
Leverdógil de Freitas (Otávio)
Werner Schünemann (Inácio)
Daniela Schmitz (Alice)
Prêmios
23º Festival de Gramado/Cinema Latino, 1995:
Melhor Filme (Júri Oficial e Prêmio da Crítica), Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Montagem, Melhor Música, Melhor Ator (Leverdógil de Freitas); e mais 4 prêmios regionais (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Montagem e Melhor Fotografia).
28º Festival do Cinema Brasileiro de Brasília, 1995:
Melhor Filme (Júri Popular), Melhor Roteiro, Melhor Montagem, Melhor Contribuição à Linguagem do Curta
8º Festival Internacional do Curta-metragem, Clermont-Ferrand (França), 1996:
Menção Especial do Júri
19º Guarnicê de Cinema e Vídeo, São Luis, 1996:
Destaque do Júri Oficial, Destaque do Júri Popular, Melhor Montagem.
13º Rio-Cine Festival, Rio de Janeiro, 1996:
Melhor Roteiro, Melhor Ator (Leverdógil de Freitas).
Integrante da Mostra “Os 30 Clássicos do Curta Brasileiro na Década de 90”, a partir de seleção feita por personalidades do cinema do país.
Crítica
“O público (do Festival de Brasília) simplesmente amou. Recebeu a maior ovação desde o início da competição. Merece. Trata-se de uma história noir contada com rara inteligência cinematográfica. Num jogo amoroso perverso, um caso intrincado envolvendo infidelidade conjugal e manipulação vai se montando aos olhos do espectador como um puzzle. (…) O filme é um exemplo de como se pode inovar sem se afastar do público médio.”
(Luiz Zanin Oricchio, O ESTADO DE SÃO PAULO, 1995)
“Chega de heróis e bandidos! O gaúcho Carlos Gerbase cria em DEUS EX-MACHINA um roteiro fascinante onde existem apenas confusos e limitados seres humanos. Os personagens já enfrentaram, cada um à sua maneira, todos os acidentes de percurso possíveis, e agora, sem Deus e sem as facilidades dos oráculos, tentam encontrar motivos para continuar vivendo e mentindo.”
(revista WONDERFUL nº 26, outubro de 1995)
“O gaúcho Carlos Gerbase faz com DEUS EX-MACHINA um estudo de relativismo, contando uma história de crime e adultério de pontos de vista divergentes. Chega a ser impressionante como consegue colocar tantas perspectivas superpostas em um filme curto. É seu melhor trabalho. Na verdade, o melhor trabalho do grupo gaúcho há muitos anos. O destaque, além do roteiro intrincado, que não afasta o espectador, é para a montagem de Giba Assis Brasil. Dá à trama uma estrutura de puzzle, cujo sentido se revela apenas no final.”
(Luiz Zanin Oricchio, O ESTADO DE SÃO PAULO, 22/03/1996)
“Um dos primeiros fatores que chama a atenção em DEUS EX-MACHINA é que grande parte do filme é feita em ‘primeiro plano’. (…) Se pensarmos que Dolores está paralisada em uma cama, podemos entender que a estratégia do primeiro plano iguala todos os personagens no que diz respeito às imagens deles da cintura para baixo. Assim, podemos pensar que os primeiros planos criam a idéia de que todos personagens estão paralisados, todos eles estão mergulhados na forma como são.(Fabiano de Souza, revista virtual CONTRACAMPO, janeiro/2003)
Tema musical
“Tema de abertura”, por Ricardo Severo
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