Jornalistas cearenses debatem O MERCADO DE NOTÍCIAS

SINDJORCE PROMOVE DEBATE SOBRE DOCUMENTÁRIO “O MERCADO DE NOTÍCIAS” NO DIA 14/0

Sindjorce, 09/04/2018

Para marcar o Dia do Jornalista, celebrado em 7 de abril, o Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) e o Shopping Benfica realizam cine debate sobre o filme “O mercado de notícias”. Aberta ao público, a sessão gratuita acontecerá no dia 14 de abril (sábado), às 10h, no Cine Benfica (2º piso do shopping). Entre as presenças confirmadas no bate-papo estão: Carla Michele Quaresma (mestra em Sociologia e professora universitária) e Samira de Castro. A mediação ficará a cargo do secretário-geral do Sindjorce e diretor de Educação da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Rafael Mesquita.

A exibição do documentário dirigido por Jorge Furtado marca também a reestreia do projeto CineJorce, o cineclube do Sindjorce, que terá programação quadrimestral de exibição de filmes e debates. “Nosso objetivo é exibir obras que possam suscitar reflexões sobre temas contemporâneos, não necessariamente apenas ligados ao Jornalismo”, comenta Rafael Mesquita.

Por meio do projeto CineJorce, iniciado em 2011, foram exibidos os documentários “Rosal da Liberdade”, da jornalista Marilena Lima, e “30 anos depois, Lula relembra a 1ª CONCLAT”, uma produção da CUT Nacional e da Tatu Filmes, com participação da ViaTV.

Sobre o filme

O documentário traz algumas questões pertinentes para pensar a atividade jornalística no Brasil.No filme, 13 jornalistas discutem o papel da mídia e sua influência na democracia. São eles: Bob Fernandes, Cristiana Lôbo, Fernando Rodrigues, Geneton Moraes Neto, Janio de Freitas, José Roberto de Toledo, Leandro Fortes, Luis Nassif, Maurício Dias, Mino Carta, Paulo Moreira Leite, Raimundo Pereira e Renata Lo Prete.

O roteiro tem como linha condutora a peça homônima do dramaturgo inglês Ben Jonson, encenada pela primeira vez em 1626, em Londres. Nas palavras de uma entrevistada, a peça faz uma leitura irônica, uma crítica muito ácida ao fato de naquele momento a informação ter se transformado em uma mercadoria.

A peça foi composta apenas três anos depois de o primeiro jornal inglês começar a circular (o semanário A Current of General News), mas as questões que envolvem o jornalismo continuam as mesmas. “A atualidade do texto é impressionante, o que nos leva a questionar se o modelo de produção de notícias não mudou nada em séculos”, comenta a presidente do Sindjorce, Samira de Castro.

O documentário discute a partidarização política dos órgãos de imprensa, os interesses comerciais das grandes empresas de comunicação, a mercantilização da notícia, ética profissional e o advento da internet e como esta está estabelecendo uma nova relação entre os geradores de notícias e o público.