Interpretar uma jovem médica que está fazendo estágio num hospital psiquiátrico é o desafio de Branca Messina em MENOS QUE NADA. Mas o desafio não a assusta. Com 25 anos de idade, Branca já tem um currículo extenso no teatro e no cinema. No último Porto Alegre Em Cena, estava no elenco da peça “Corte seco”, que, graças ao sucesso alcançado no Rio de Janeiro, agora cumpre turnê por várias capitais brasileiras. Branca também já teve papéis de destaque nos filmes “Olhos azuis” (de José Joffily, que será lançado em breve), “Vingança” (de Paulo Pons) e “Não por acaso” (de Philippe Barcinski, em que contracena com Rodrigo Santoro).
Em MENOS QUE NADA, Branca vai trabalhar principalmente ao lado de Milhem Cortaz (que será “Dante”, seu paciente, internado com diagnóstico de esquizofrenia) e Artur Pinto (que interpretará o “Dr. Sérgio”, psiquiatra experiente e responsável pelo estágio da Dra. Paula no hospital). Em suas investigações para desvelar o passado de seu cliente, a Dra. Paula também vai encontrar outros personagens da trama, como a paleontóloga carioca “René”, vivida por Rosanne Mulholland.
Ao abordar a doença mental - especialmente em suas manifestações mais severas, como a esquizofrenia - MENOS QUE NADA trará para a pauta de discussões um tema importante para a saúde pública no Brasil. A falência do sistema manicomial brasileiro, construído no século 19, é bem evidente, mas a sua substituição por uma rede descentralizada de atendimentos é mais um desejo que um fato. Há uma grande carência por leitos para os doentes mentais, o que torna impossível simplesmente desativar os grandes hospitais psiquiátricos.
O personagem principal de MENOS QUE NADA está internado numa destas instituições, e a sua realidade é compartilhada por milhares de brasileiros. O abandono destes doentes por suas famílias é também uma triste realidade. Sem serviços especializados para receber - em regime de hospital-dia ou ambulatorial - seres que não conseguem viver normalmente em seu meio social, a permanência, por anos a fio, solitários, num hospital psiquiátrico, ainda é um destino possível em pleno século 21.