No próximo domingo, 16 de Setembro, às 19 horas, a Orquestra de Câmara da Ulbra, dirigida pelo maestro Tiago Flores, realiza o seu sexto concerto da temporada, este dedicado aos 20 anos de atividades da Casa de Cinema de Porto Alegre. O evento ocorrerá na Sala de Concertos Leopoldina, da Associação Leopoldina Juvenil, rua Marquês do Herval 280, em Porto Alegre, com entrada franca.
Depois do sucesso com o musicista Nicolau de Figueiredo, no concerto de julho, desta vez o solista especialmente convidado da Orquestra de Câmara da Ulbra é o igualmente virtuoso cravista Edmundo Hora. Doutor em Cravo pela Unicamp, em São Paulo (onde também é mestre há quatorze anos), Hora é conceituado especialista em Música Barroca e instrumentos de teclas do século dezoito, desenvolvendo seu trabalho com base na interligação das técnicas específicas dos instrumentos antigos de teclado, com vasto acervo próprio. Possui graduação profissional em duas das mais importantes instituições musicais da Holanda, onde esteve durante nove anos.
Do programa, nesse sexto concerto da temporada, ênfase nas interpretações de grandes sucessos do imortal Johann Sebastian Bach (1685-1750), onde o cravo de Edmundo Hora é a estrela central. Primeiro acompanhado da orquestra de cordas, dividindo os solos com as especiais participações do flautista Leonardo Winter e do violinista Márcio Cecconelo, o público ouvirá “Concerto de Brandemburgo nº 5 (BWV 1050)”, uma das favoritas do gênio alemão e que serviu de base para inúmeras outras peças deste compositor, tornando-se um divisor de águas na história da música mundial. Em essência, caracterizam-se por estarem dedicados cada um a um grupo diferente de instrumentos solistas, exigindo o máximo em virtuosismo. Compostos num total de seis peças (BWV 1046 a 1051), entre os anos de 1718 e 1721, foram dedicados e apresentados ao príncipe de Brandenburg-Schwedt, Christian Ludwig, no ano de 1721, transformando-se numa das mais populares criações eruditas.Logo em seguida, Hora executa sozinho ao cravo “Fantasia Cromática (BWV 903)”. Também apontada como uma das mais significativas obras de Bach, apresenta uma extraordinária evolução harmônica por meios dos seus elementos semitônicos, utilizando recursos expressivos que revelam lamento, traduzindo a tristeza de Bach pela inesperada morte de sua esposa, Maria Bárbara, em 1720.
Na seqüência musical, a Orquestra da Ulbra executará do norueguês Edward Hagerup Grieg (1843-1907) as suítes sinfônicas “A morte de Aase” e “Dança de Anitra”, ambas da Suíte Peer Gynt de absoluto sucesso mundial, figurando entre as obras da música clássica mais conhecidas de nosso tempo. Nessa audição, rende-se merecida homenagem a Grieg, lembrado em 2007 pela passagem dos 100 anos de seu desaparecimento. A obra do modernista italiano Ottorino Respighi (1879-1936), “Antique Dance e Ária”, que o consagrou mundialmente, está na conclusão do concerto que destaca a mescla dos movimentos impressionistas, neoclássicos e do pós-romantismo, numa contrução sonora rica e exótica, deste que foi o principal restaurador da tradicional música italiana.
Este concerto da Orquestra de Câmara da Ulbra, é dedicado à Casa de Cinema de Porto Alegre, fundada há exatos 20 anos e uma das principais articuladoras na transformação do Rio Grande do Sul num dos principais pólos produtores do cinema nacional.
A promoção deste evento é da Universidade Luterana do Brasil, Ulbra Cultura e Fundação da Ulbra (Fulbra), com apoio do Ministério da Cultura do Governo do Brasil, Lei de Incentivo à Cultura (MinC), Associação Leopoldina Juvenil e Everest Hotéis.
O acesso à Sala de Concertos Leopoldina é bastante facilitado, contando com dois estacionamentos próximos.