Na noite de 1º de abril foi encerrada a 5ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris. Os três prêmios concedidos este ano foram para os filmes HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES, de Jorge Furtado, que recebeu o Prêmio do Júri Profissional; Uma Onda no Ar, de Helvécio Ratton, contemplado com o Prêmio do Júri Popular e o curta-metragem À Margem da Imagem, de Evaldo Mocarzel, que recebeu o Prêmio do Júri dos Estudantes de Cinema das escolas Femis e Louis Lumière.
HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES foi escolhido por unanimidade pelo júri formado por: Jacques Arlandi, diretor da escola de cinema Louis Lumière; Christophe Jorg, diretor de programação do canal cultural de TV Arte França; Jérome Paillard diretor de mercado do Festival de Cannes e Martine de Clermont-Tonnerre, co-produtora do filme Central do Brasil. A atriz Júlia Barth (foto) foi quem recebeu o prêmio de HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES.
“O mais surpreendente foi esse consenso unânime estabelecido entre os membros dos dois júris e o público sobre os filmes distinguidos”, observou a diretora francesa Agnès Jaoui (O Gosto dos Outros), ao se referir aos aplausos estrepitosos reservados aos filmes premiados.
Falando em nome do júri da categoria longa, Jerôme Paillard, diretor do Mercado de Filmes de Cannes, e Christoph Jörg, responsável pelo setor de cinema do canal de TV franco-alemão Arte, explicaram que a escolha de HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES deveu-se “às virtudes excepcionais do filme, como a simplicidade, leveza, consistência dos personagens, sensibilidade no trato dessa questão delicada que é a sexualidade dos adolescentes”. Os dois especialistas não pouparam elogios ao roteiro, aos “diálogos fortes e precisos”, à direção “exemplar de Jorge Furtado que se revela um cineasta de envergadura, com um futuro extremamente promissor, até porque consegue fazer filmes maravilhosos como esse com um orçamento irrisório”.
Júlia Barth com o prêmio