VIRGÍNIA E ADELAIDE encerrou o Festival de Gramado

VIRGÍNIA E ADELAIDE, nova produção da Casa de Cinema de Porto Alegre, com roteiro de Jorge Furtado e direção dele e de Yasmin Thayná, teve sua primeira exibição mundial como filme de encerramento do 52º Festival de Cinema de Gramado, dia 16 de agosto.

O filme conta a história real da amizade entre a psicanalista alemã Adelheid Koch (que no filme é Sophie Charlotte) e a brasileira Virgína Leone Bicudo (Gabriela Correa), que viria a ser a primeira psicanalista do Brasil. A foto é de Fabio Rebelo.


“VIRGÍNIA E ADELAIDE”, FILME SOBRE AS MULHERES QUE INAUGURARAM A PSICANÁLISE NO BRASIL GANHA CARTAZ E TEASER
Redação Pretessências, 16/08/2024 | 15:22

/ Dirigido por Yasmin Thayná e Jorge Furtado, o filme conta a história das primeiras psicanalistas do Brasil, interpretadas por Sophie Charlotte e Gabriela Correa

Novo longa-metragem dirigido por Yasmin Thayná e Jorge Furtado, “Virgínia e Adelaide” tem cartaz e teaser divulgados na semana da estreia em Gramado. O pôster bordado a mão é um trabalho de Mitti Mendonça, artista gaúcha residente de Porto Alegre. O filme terá sua première mundial na 52ª edição do festival, após a homenagem a Jorge Furtado, que completa 40 anos de carreira. A sessão hors concours, escolhida para encerrar o evento cinematográfico, acontece hoje, 16 de agosto, às 18h, no Palácio dos Festivais. Além dos diretores, as protagonistas Sophie Charlotte e Gabriela Correa e a produtora Nora Goulart também estarão presentes.

O longa foi produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre, com coprodução da Globo Filmes e GloboNews, e distribuição da H2O Films.

Através de uma linguagem ficcional, ilustrada por arquivos documentais, “Virgínia e Adelaide” narra o encontro de duas mulheres que inauguraram a psicanálise no Brasil. Em 1936, a psicanalista alemã Adelaide Koch, interpretada por Sophie Charlotte, escapa da perseguição nazista aos judeus fugindo para o Brasil. No ano seguinte, conhece Virgínia Bicudo, jovem pesquisadora negra vivida por Gabriela Correa, que se tornaria sua primeira paciente e a primeira psicanalista brasileira. A entrega das protagonistas foi exaltada por ambos os diretores. “Não canso de me espantar com o trabalho da Gabriela e da Sophie no filme, é comovente ver duas grandes atrizes em ação. ‘Não há paisagem como o rosto humano’”, comenta Furtado, que também assina o roteiro do filme, com a colaboração de Thayná. A codiretora complementa: “Foi muito gratificante estar diante de uma dramaturgia muito bem escrita ganhando vida por meio dessas atrizes. Uma oportunidade gigante para mim ter dirigido elas”.

“Virgínia e Adelaide” marca a estreia de Yasmin na direção de um longa-metragem. Eleita pela revista Forbes como um dos 90 jovens abaixo dos 30 anos mais brilhantes do país, a cineasta vive sua estreia em Gramado ao lado de um dos nomes mais premiados do audiovisual brasileiro. “Foi como se eu estivesse completado um ciclo muito potente. O meu primeiro desejo profissional veio quando eu assisti uma obra audiovisual escrita pelo Jorge, “Cidade dos Homens”, e agora eu pude dirigir um filme junto com ele”, conta Thayná. “Foi uma experiência muito importante para mim porque pude experimentar um novo modelo de produção, e modelos de produção afetam diretamente a criação”.