Sem comentários

por Jorge Furtado
em 02 de abril de 2010

A partir de hoje, não publicarei mais comentários dos leitores aos meus textos do blog, por absoluta falta de tempo para editá-los e respondê-los.

Os debates entre comentaristas dos blogs são ótima leitura quando bem editados, o melhor exemplo é o do blog do Nassif, imagino que editá-lo seja serviço de horário integral para várias pessoas.

Aqui escrevo quando é possível e quando preciso. É minha opinião, publicada, por escrito, a quem interessar possa, só isso.

É comum que alguém escreva para elogiar um texto usando argumentos com os quais não concordo de jeito nenhum.

Exemplo:

Eu escrevo:

-- O jornal Folha de São Paulo alega não poder afirmar que é falsa a ficha policial de Dilma, publicada em sua capa dominical. Informa que seus peritos, consultados, não podem afirmar que uma imagem foi criada digitalmente sem antes examinar o original de papel. A mim o argumento da Folha parece piada, estilo Groucho Marx (“Só acreditarei que ele morreu se me disser isso pessoalmente!”). Qualquer criança que opere um photoshop prova em 10 minutos a qualquer pessoa com um mínimo de boa vontade e Q.I. superior ao de um tapir adulto, que a ficha publicada pela Folha é uma fraude digital.

O comentarista escreve:

-- Concordo totalmente com você! O Big Brother está lobotomizando a juventude, bombardeando o país com asneiras enquanto a roubalheira continua. E o Lula ainda segue apoiando o Sarney! E o Serra com o Quércia e o Agripado Baia! Onde vamos parar! Pelo menos o Grêmio melhorou, 50 jogos invictos no Olímpico.

Confesso que me preocupa que tal comentarista concorde com qualquer coisa que eu tenha escrito e levaria preciosos minutos para responder tal comentário.

Também é comum que alguém escreva, em comentário ao texto, ofensas pessoais e grosserias que nada tem a ver com os argumentos expostos.

Exemplo:

Eu escrevo:

-- A tentativa de estupro do “menino do mep” pelo presidente Lula, noticiada pelo jornal Folha de São Paulo, foi esclarecida?

O comentarista escreve:

-- E a galinha do “Homem que copiava”? Foi esclarecida?

Também são comuns as banalidades, as irrelevâncias, as obviedades, muitas vezes misturadas com boas idéias, sugestões ou correções. Separar esta mistura, responder ou comentar os textos dos leitores num blog, é serviço para algumas horas diárias. Infelizmente (ou felizmente) não tenho este tempo.

Perco a chance de publicar boas idéias, sugestões, boas piadas. Fazer o quê? Aos leitores que sentirem a irrefreável necessidade de manifestar publicamente seu apoio, indignação, nojo, desprezo ou repulsa sobre qualquer texto por mim escrito e aqui publicado, sugiro que o façam em seus próprios blogs, sites, twiters ou tais.