Esta não é a sua vida

(35 mm, 16 min, cor, 1991)

(janela 1.33, som óptico mono)

Foto por Carlos Gerbase: Noeli Cavalheiro

Documentário sobre a vida de Noeli Joner Cavalheiro. Noeli mora num subúrbio de Porto Alegre, é dona de casa e tem dois filhos. Nasceu numa cidade do interior, foi pra capital, trabalhou numa padaria, casou. É uma pessoa comum. Mas não existem pessoas comuns.

Créditos

Direção: Jorge Furtado

Produção Executiva: Nora Goulart e Ana Luiza Azevedo
Roteiro: Jorge Furtado
Direção de Fotografia: Alex Sernambi
Direção de Arte: Fiapo Barth
Música: Leo Henkin
Direção de Produção: Dainara Soares
Montagem: Giba Assis Brasil
Assistente de Direção: Ana Luiza Azevedo

Uma Produção da Casa de Cinema PoA

Elenco Principal:
Noeli Cavalheiro (depoimento)
José Mayer (narração)

Prêmios
  • 19º Festival do Cinema Brasileiro de Gramado, 1991:
    Melhor Filme (Prêmio da Crítica), Melhor Direção, Melhor Música.
    Melhor Curta Gaúcho, Melhor Direção de Curta Gaúcho, Melhor Montagem de Curta Gaúcho, Melhor Fotografia de Curta Gaúcho.
  • 4º Festival Internacional do Curta-metragem, Clermont-Ferrand, França, 1992:
    Melhor Filme.
  • 1º Festival de Cinema da América Latina e do Caribe, Caracas, Venezuela, 1993:
    Melhor Curta-metragem.
  • 28° Festival de Cine de Huesca, Espanha, 2000:
    Menção Especial do Júri.
  • Integrante da Mostra “Os 30 Clássicos do Curta Brasileiro na Década de 90”, a partir de seleção feita por personalidades do cinema do país.
Crítica

“É um outro Brasil o investigado pelos dois curtas nacionais produzidos para a telessérie SOUTH do Channel Four inglês. Nada de praia, carnaval, favelas. Nada de Patropi. (…) Em ESTA NÃO É A SUA VIDA, Jorge Furtado sacraliza o cotidiano, o anonimato, a voz das esquinas ao centrar seu curta no depoimento de Noeli Cavalheiro, dona-de-casa gaúcha escolhida ao acaso. É uma talentosa releitura high-tech do neo-realismo.”
(Amir Labaki, FOLHA DE SÃO PAULO, 29/08/91)

“ESTA NÃO É A SUA VIDA nasce da constatação, feita por Jorge Furtado, de que, fora do âmbito estritamente pessoal, a maioria das pessoas não existe a não ser sob a forma fria dos números e das fórmulas generalizantes. (…) As primeiras imagens trazem fragmentos de corpos humanos, enquanto a banda sonora emite um texto com a frase ‘o seu anonimato é a sua segurança’, endereçada, naturalmente, ao espectador.”
(Fernando Marques, CORREIO BRAZILIENSE, 17/09/91)

“Neste seu segundo trabalho solo (…), Jorge Furtado mostra o mesmo talento e criatividade das obras anteriores. Utilizando uma lingagem picada, que jamais aborrece o público, ele tira do anonimato uma figra escolhida ao acaso. Um rosto nesta multidão de seres anônimos que cruzam as ruas e calçadas das cidades grandes, e que nunca terão seus 15 minutos de glória. A figura escolhida, entretanto, mostra-se dona de uma vida riquíssima em lances humanos, um modo de falar e de se expressar sem mentiras ou hipocrisias.”
(Tuio Becker, ZERO HORA, 27/03/92)

“Jorge Furtado é o cineasta brasileiro mais premiado da atualidade. Na semana passada, Furtado levantou, com a unanimidade do júri, o primeiro prêmio do Festival de Clermont-Ferrand, na França, que é considerado o Cannes dos curtas. Com Esta Não É a Sua Vida, que resume, em dezesseis minutos, a biografia de uma dona de casa de Porto Alegre, Furtado derrotou setenta e nove concorrentes de quarenta países. ‘A ternura e o humor da fita são cativantes, emocionantes. Eles nos prendem com força’, elogia o diretor de fotografia e cineasta Jimmy Glasberg, um dos jurados do concurso”.
(Revista Veja)

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