Real beleza

(HD, 87 min, cor, 2015)

(janela 2.35, som Dolby 5.1)

Foto por Fábio Rebello: Vladimir Brichta e Adriana Esteves

João é um fotógrafo à procura de candidatas a modelo em cidades do interior gaúcho. João conhece uma jovem de rara beleza, Maria, e acaba se envolvendo com a mãe dela, Anita. O pai da menina, Pedro, não quer deixar que ela seja modelo. João se apaixona por Anita e agora quer levar embora mãe e filha.

Créditos

Roteiro e Direção: Jorge Furtado

Produção Executiva: Nora Goulart
Produtor Associado: Guel Arraes
Direção de Fotografia: Alex Sernambi
Direção de Arte: Fiapo Barth
Figurinos: Rosângela Cortinhas
Montagem: Giba Assis Brasil e Germano de Oliveira
Direção Musical: Leo Henkin 
Produção de Elenco: Simone Buttelli
Direção de Produção: Bel Merel

Uma produção da Casa de Cinema PoA
Coprodução: Globo Filmes
Patrocínadores: BNDES, Eletrobras, Panvel, BRDE/FSA/Ancine
Distribuição: Elo Company

Elenco principal:

Vladimir Brichta - João
Adriana Esteves - Anita
Francisco Cuoco - Pedro
Vitória Strada - Maria
Thiago Prade - Wilson
Samuel Reginatto - Bruno
Isadora Pillar - Guacira

Crítica

“REAL BELEZA é antes de tudo um filme sobre relacionamentos humanos, que aqui se estabelecem em diversos níveis entre seus personagens principais. Extraem-se da trama relações de intensa obsessão, de incontrolável desejo, de pura gratidão, de ambição, cobiça e medo. Ainda que se explore, sim, o bom e velho triângulo amoroso, o tema aqui ganha contornos menos óbvios, nada maniqueístas, mais densos e aprofundados. Tudo emoldurado pela real beleza da região de Garibaldi, que serviu de locação para o filme.”
(Celso Sabadin, Planeta Tela, 03/08/2015)

“Com Pedro em cena (e um ótimo Francisco Cuoco no papel), o filme afirma enfim seu conflito. Não tanto entre o pai e o fotógrafo pelo consentimento, mas entre dois mundos. De um lado estão as letras, as artes clássicas, “o conhecimento”, como diz Pedro. De outro, a imagem, a superficialidade, a beleza, como sustenta João. Traço de união entre eles: as fotos de Cartier-Bresson. Conhecimento pela superfície.”
(Inácio Araujo, Folha de S.Paulo, 06/08/2015)

“O filme se tinge de uma melancolia serena, quase exangue, muito distante da vivacidade travessa da filmografia anterior do cineasta, seja no cinema ou na TV, no documentário ou na ficção. Não deixa de ser um gesto de coragem essa virada, esse abandono da chamada ‘zona de conforto’ de uma obra estabelecida e reconhecida.”
(José Geraldo Couto, Instituto Moreira Salles, 07/08/2015)

“Real Beleza foi o filme em que [Jorge Furtado] precisou se reinventar. Reaprender. Nos anteriores, ele perfeccionou o timing da comédia. Guimarães Rosa dizia que a piada é como o fósforo. Deflagrada, perde o uso. Com seus atores, Jorge aprendeu a dominar o tempo do humor. Mas, e o drama? A cena da refeição é exemplar. As pessoas não falam ao redor da mesa. Secretam o que não conseguem verbalizar. Durante quanto tempo se filma o silêncio?”
(Luiz Carlos Merten, O Estado de São Paulo, 07/08/2015)

“Real Beleza explora um gênero não muito popular no cinema nacional, o drama romântico. Vitória Strada, que estreia como atriz, é uma surpresa boa na pele de Maria. E o desenrolar da delicada situação acaba sendo mais surpreendente do que se poderia esperar.”
(Henrique Castro, Veja, 08/08/2015)

“O fotógrafo é o trabalhador das imagens, o fascinado pelos rostos das meninas. Quando ele descobre a biblioteca, se aproxima de um mundo para ele até então praticamente desconhecido. (…) Esta biblioteca tem como guardião um personagem borgeano que parece tê-la quase toda na memória. (…) O novo filme de Jorge Furtado não tem receio algum de praticar um gesto de rebeldia nos quadros do atual cinema brasileiro, ao tocar em temas não abordados por outros.”
(Hélio Nascimento, Jornal do Comércio, 14/08/2015)

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