Sal de prata

(35 mm, 96 min, cor, 2005)

(janela 1.85, som óptico Dolby SR, som digital Dolby)

Foto por Jacob Solitrenick: Maria Fernanda Cândido e Bruno Garcia

DIREITOS ATUAIS: Prana Filmes

Cátia, uma bem-sucedida economista, tem que repensar sua vida quando seu namorado Veronese, um cineasta polêmico, sofre um ataque cardíaco, deixando um passado obscuro, uma loja de artigos fotográficos, alguns curtas realizados e muitos roteiros no computador.

Créditos

Direção: Carlos Gerbase

Produção Executiva: Nora Goulart e Luciana Tomasi
Roteiro: Carlos Gerbase
Direção de Fotografia: Jacob Sarmento Solitrenick
Direção de Arte: Fiapo Barth
Música: Tiago Flores
Diretora Assistente: Ana Luiza Azevedo
Direção de Produção: Marco Baioto
Montagem: Giba Assis Brasil

Uma Produção da Casa de Cinema PoA

Elenco Principal:
Maria Fernanda Cândido (Cátia)
Camila Pitanga (Cassandra)
Marcos Breda (Veronese)
Bruno Garcia (Valdo)
Janaína Kremer (Mirabela)
Nelson Diniz (João Batista)
Júlio Andrade (Holmes)

Prêmios
  • 33º Festival de Gramado, 2005:
    Melhor Montagem
  • 3º Festival de Maringá, 2006:
    Melhor Atriz (Maria Fernanda Cândido), Melhor Música
Crítica

“Entre o sofrimento e a alegria, o novo filme de Carlos Gerbase vai do luto à reafirmação da vida, como uma sinfonia que começa em andamento lento e termina colocando a alegria do recomeço. Um painel, portanto, realizado de forma a ressaltar que a arte, tanto a produzida por alguém como aquela contemplada pelo espectador ou sentida pelo ouvinte, não é somente o resultado de uma tarefa profissional. Não é apenas um filme que estamos vendo na tela e não são apenas três. Há mais, no início e no final, quando as intérpretes se dirigem à platéia, e também naqueles filmes que a personagem de Maria Fernanda Cândido realiza com sua imaginação, depois de ler aquelas sugestões para filmes, como poderíamos chamar os roteiros.”
(Hélio Nascimento, Jornal do Comércio, 30/09/2005)

“SAL DE PRATA foi propositadamente dividido em quatro movimentos, como uma sinfonia - o que permite colocar, como disse o próprio diretor, a trilha sonora como personagem. De fato, a trilha, baseada em peças românticas de compositores como Bach, Edward Grieg, Mendelsshon e Tchaikovsky, entre outros, é responsável por alguns dos bons momentos do filme, não só pela qualidade das músicas, mas pela maneira como está intimamente atrelada à história.”
(João Nunes, Cosmo Online, Campinas, 30/09/2005)

“SAL DE PRATA é o ponto da maturidade criativa do realizador de INVERNO (1983) e TOLERÂNCIA (2000). É cinematograficamente sua obra mais avançada; infelizmente caiu num tempo em que se prefere louvar a mediocridade e tachar qualquer invenção de pretensão: Gerbase sabe o cinema que quer fazer e o faz com uma naturalidade que escapa à miopia de alguns. É um belo filme no momento errado do cinema brasileiro. (…) A teia de filmes dentro do filme se mistura com as teias amorosas sem nenhum esforço narrativo, pois Gerbase domina seu ofício; apesar de falar da confusão das cabeças das pessoas, Gerbase em momento algum perde o fio de seu raciocínio estético, oferecendo ao espectador um espetáculo tão sinuoso quanto claro em seu descortinar de metáforas visuais.”
(Eron Duarte Fagundes, DVD Magazine, 29/09/2005)

“Um dos momentos mais marcantes é o início do filme. Gerbase decidiu impactar com uma cena que merece ser vista desde seu primeiro momento. Bem bolado, o momento cria uma cumplicidade com o espectador que vai além do discurso visual, que se mostra vigoroso, mas que também dá espaço para uma inteligente seqüência narrativa. Para isso contou com o talento, com a sensualidade e com a simpatia de Camila Pitanga.”
(Marcos Santuario, Correio Do Povo, 24/09/2005)

“SAL DE PRATA, o novo filme do gaúcho Carlos Gerbase, começa com uma cena em que Camila Pitanga fala para a câmera, encara o espectador, a voz torna-se arfante, ela olha para baixo e geme. É sexo oral. Gerbase filmou um orgasmo usando só a sugestão. É um trabalho forte de Camila. (…) É um plano-seqüência desde logo antológico, de um efeito comparável - guardadas as diferenças de época - ao célebre nu frontal de Norma Bengell em Os Cafajestes, de Ruy Guerra.”
(Luiz Carlos Merten, O Estado de São Paulo, 23/09/2005)

“O longa do gaúcho Carlos Gerbase é, digamos, um meta-filme, ou seja, faz a linha do cinema que comenta o próprio fazer cinema. Por conta disso, a cena inicial de uma belíssima Camila Pitanga falando à câmera sobre o cinema em poses orgásticas é uma bom abre-alas do teor de SAL DE PRATA. Um dos grandes méritos de Gerbase é a direção de atores. Maria Fernanda Cândido está muito bem no papel da viúva que descobre roteiros perdidos no computador de um cineasta.”
(Paulo Ricardo Kralik Angelini, revista virtual Agumento, 19/08/2005)

“Para Carlos Gerbase, o diretor de Sal de prata, a fidelidade é um fetiche. Seu longa anterior, TOLERÂNCIA, abordava a questão explicitamente, centrado no contexto do matrimônio. Este filme (que teve o lançamento no Rio adiado várias vezes desde o fim do ano passado) retoma o debate e adiciona uma variante: discute-se não só a traição conjugal, mas também a fidelidade à arte do cinema.”
(Marco Antonio Barbosa, Jornal do Brasil, 17/03/2006)

Tema musical

“Largo arioso”, 2º movimento do Concerto em Fá Menor, BWV 1056, de Johann Sebastian Bach; arranjo de Tiago Flores; Carlito Magallanes, bandoneon

Veja mais